A nova tendência, quando o assunto é câmbio, é sem dúvida o CVT, do inglês Continuously Variable Transmission e no português transmissão continuamente variável. As perguntas que queremos responder neste post são:
É tecnologia nova? Como o cvt funciona? Porque se tornou tendência? Quais são as vantagens e desvantagens? E por fim. Apresenta algum problema crônico?
É tecnologia nova?
Não mesmo! Idealizado por Leonardo Da Vinci em 1490, foi utilizado no primeiro carro em 1958 e apenas apartir de 2000 que o CVT efetivamente entrou no mercado. Isto nos faz pensar, porquê só agora está sendo introduzindo no mercado brasileiro.
Como o cvt funciona?
Não parece nem um pouco com o câmbio automático, que trabalha com combinações de engrenagens planetária. Possui basicamente 3 componentes, são eles: uma polia motriz ou de entrada, uma polia movida ou de saída e uma correia de elevadíssima resistência, que pode ser de borracha ou de metal.
O funcionamento é bem simples. Ambas as polias são formadas por duas partes cônicas que são aproximadas ou afastados uma da outra hidraulicamente. Para maior torque nas rodas a polia motriz é aberta (correia posicionada próxima ao centro da polia) e a movida fechada (correia posicionada próxima ao Ø externo da polia). Ao passo que para maior velocidade o processo é invertido. Desta maneira, para um posicionamento 1 mm acima ou abaixo teríamos outra relação de transmissão e portanto outra marcha. Contudo são pré configuradas eletronicamente 7 posições. Daí dizemos que o câmbio possui 7 marchas.
Porque se tornou tendência?
Já que em comparação ao câmbio automático, o CVT é compacto, mais leve e menos complexo, significa maior custo benefício para o fabricante. Trocando em miúdos, é tendência por que é mais barato para a indústria. O que, claro, não quer dizer que esta diferença será repassada ao consumidor final.
Vantagens
1. Independente da velocidade que você estiver, naquele momento a faixa de potência será a mais otimizada possível. Ou seja, a relação entre a “potência demanda” e a potência fornecida, é a melhor possível.
2. Aceleração do motor com pequena variação. O que varia é apenas a posição das polias. Com isto obtêm-se menor consumo em relação ao cambio automático;
3. É o extremo oposto em relação ao cambio automatizado no que diz respeito a “soluços”.
4. Apresenta baixa perda de potência comparando-se aos demais câmbios.
5. Por fim, se você procura extremo conforto e suavidade, sem dúvida o CVT é a melhor escolha.
O grade problema ...
Se você fizer uma pesquisa rápida na internet, sobre problemas do CVT, vai encontrar muitas reclamações quanto a altos níveis de ruídos e “travamentos”. Explico:
O que acontece é o seguinte. Apesar de possuir um lubrificante especial, não significa que o aumento da temperatura causado pelo atrito entre os elementos móveis somado ao clima tropical brasileiro não vá fazer com que a viscosidade do óleo caia demasiadamente. E quando isto acontece é que surgem os ruídos irritantes, pois as propriedades lubrificantes do óleo são comprometidas. E é a essa altura que o sistema de proteção é habilitado, limitando a rotação para impedir maiores danos.
Em tese, a solução deste problema está na instalação do chamado kit tropicalização. Que nada mais é do que um radiador ou trocador de calor que impede que a temperatura do óleo ultrapasse o limite máximo. Você deve estar se perguntando, mas os fabricantes ao trazerem esta tecnologia para o Brasil não deveriam imaginar que este problema poderia ocorrer devido ao clima deste país? Creio que imaginaram sim, ou melhor, sabem muito bem disto. Mas o que acontece é que fazendo isto o custo benefício citado acima não seria mais o mesmo. E como conhecem também os clientes que tem, sabem não vão exigir muita coisa.
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